
Prova de Artista acompanha alguns jovens representantes do meio artístico musical, registrando a rotina de cinco integrantes das principais orquestras sinfônicas do país, como Byron Hitchcock (violinista da OSB, Orquestra Sinfônica Brasileira), Ricardo Barbosa (oboísta da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Rodney Silveira (violista da OSB Jovem, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem), Catherine Carignan (fagotista da OFMG, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais) e Rodrigo de Oliveira (violinista da OFMG, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais).
A partir do registros de ensaios e dos momentos que antecedem e sucedem as muitas audições, Prova de Artista acompanha os conflitos, a paixão e a disciplina que envolvem a vida profissional dos músicos que escolhem esse ofício. Através dessa aproximação, o filme revela também as relações que se estabelecem nesse ambiente de trabalho, entre solistas, maestro e orquestra.
Nos personagens do filme fica evidente, além do amor absoluto pela música, a batalha pela estabilidade financeira e a dificuldade em obtê-la através da arte que escolheram. Na sua maioria de origem modesta, os músicos colocam na carreira uma grande expectativa. Com diversos encontros em momentos-chaves, nos ensaios e nas audições, o documentário desenha a realidade de cinco artistas singulares, reagindo e se expressando de maneiras distintas.
José Joffily, 65, João Pessoa/ PB, diretor, produtor e roteirista. As recentes realizações de Joffily incluem: produção e direção do documentário Prova de Artista (2011), seu nono longa-metragem; direção do longa-metragem de ficção Olhos Azuis (2010), grande vencedor do Festival de Paulínia 2009; co-direção, com Roberto Bomtempo, do longa-metragem Mão na Luva (previsão de lançamento para 2012); direção do longa-metragem de ficção Achados e Perdidos (2005).





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"Namorar?
Só depois dos 18 anos!". -
"É como não aquecer para lutar boxe, né? Se você tá lento, a pessoa vai te acertar na primeira. Não quero tomar um nocaute de cara. Se tiver que cair, é para cair no fim".
Ricardo -
"O objetivo nessas audições é o de ser capaz de representar a si mesmo como você realmente é". -
"É muito mais difícil tocar numa prova do que num concerto. Muito mais difícil, sem dúvida". -
"Estava na aula de contabilidade. O professor falando um monte de coisa e eu olhando para a cara dele. Na minha mente só vinha a sinfonia que estava estudando na época, falei: não é possível; o que é que eu estou fazendo aqui?."
Rodney
Rodrigo de Oliveira
Com apenas 19 anos, Rodrigo é o mais novo violinista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (OFMG). Com dotes musicais, Rodrigo só consegue expressar-se através de seu violino. Seu sucesso é a realização de um sonho de seu pai, metalúrgico do abc paulista que se empenhou na formação dos filhos, proibidos de namorar até os 18 anos.
Byron Hitchcock
Americano de 27 anos, Byron é violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Com uma dívida de 200 mil dólares nos EUA, acumulada por conta de seus estudos universitários, ele presta audições para orquestras as mais diversas e opta por aquela que poderá lhe pagar mais. Está muito feliz com o caminho que o levou para o Rio de Janeiro. Ao lado da música clássica, tem como paixão comer, principalmente burritos, especialidade da culinária mexicana.
Catherine Carignan
Canadense de 27 anos, é fagotista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (OFMG). Adora concorrer em audições para testar-se, embora reconheça que tocar em provas seja muito mais difícil do que com um corpo orquestral. Inscreveu-se para a audição da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), mas desistiu de concorrer, entre outros motivos, por conta do impacto que a possível mudança de Belo Horizonte para São Paulo provocaria na vida de seu marido e de sua filha Mirela, de apenas um ano
Rodney Silveira
Morador de Bonsucesso, bairro na cidade do Rio de Janeiro, Rodney, 20 anos, é violista da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem (OSB Jovem). Abandonou o curso universitário de administração para dedicar-se exclusivamente à música. Acima desta paixão, está o momento em que pode consagrar-se na igreja, tocando para Deus.
Dirigido por José Joffily
Produzido por Isabel Joffily
Fotografia: Luis Abramo & Eti Pena
Som Direto: Heron Alencar, Gabriela Cunha, Gustavo Campos & André Cabelo
Montagem: Pedro Bronz
Desenho de Som e Mixagem: François Wolf
Assessoria Musical: Francisco Joffily
Assistente de Direção: Rita Toledo